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Eu gosto de acreditar que “o pensamento é um pedacinho de futuro, que permanece no campo do sentimento até o momento em que se materializa”. Eu gosto de pensar, porque, assim sendo a vida, provida da qualidade de transformar o verbo em tudo, tudo vira possibilidade a partir de um pensamento, já que tudo se inicia a partir dele e tudo se realiza a partir de um sim. Os cientistas quânticos descobriram, agora de fato, que cada ser deste vasto universo possui o predicado de construir o seu mundo, com as nuances próprias de cada um e suas preferências. É portanto que desejo a sabedoria dos filósofos, mas, ainda mais, a realização dos meus pensamentos.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

filme: PONTO DE MUTAÇÃO


Tenho estudado física quântica (somente o conceito) e por isso, acabei divagando nas explicações científicas dadas neste filme. Pensar na vida como uma "imagem" criada é pensar na vida como composta essencialmente de possibilidades, ou seja, a vida é o campo das possibilidades, as quais podemos moldar e alterar bastando encontrar o ângulo desejado da incidência desta luz no prisma. É maluco, mas acredito nisso e faço de mim o meu próprio laboratório.

Porém, a despeito da intenção do autor, de disseminar um novo conceito de vida e, desta vez, baseado nas quantas de luz que influenciam a vida no tempo, eu não poderia deixar de comentar o meu ponto de mutação:

Bem, basta estudar a história para perceber que o homem sempre buscou receitas para a vida e assim criou métodos e tendências sempre munidos de "manuais de instrução" para o novo tempo.

Populações inteiras acabaram seguindo as novas tendências como que algo que pudesse resgatar a paz e a harmonia em que viviam Adão e Eva antes do pecado.

Não precisa dizer que tanto o final como o meio dessas tendências foram desastrosos. O filme parece, mesmo que timidamente, querer despertar o mundo para uma nova proposta. Mas, já não foram testadas muitas outras propostas?

Penso que a questão não é criar uma nova consciência porque isso já foi feito à exaustão... Não seria o momento apropriado para aceitar as condições naturais que a própria vida nos indica? Não estaríamos no ponto de aceitar a sabedoria? aquela que não está sob as condições limitadas da inteligência humana mas sim de Deus, mas que não consiste algo que nasce da inteligência do homem?

Talvez aceitemos fazer parte de um todo que, por si, funciona harmonicamente sem a pretensão de acreditar que somos aptos a mudar qualquer que seja a peça deste imenso mecanismo.

Vejo aí o motivo desta vida ser um paradoxo. Ela sempre se mostra diferente daquilo que pensamos e é porque pensamos. Por isso, produzimos as próprias angústias.
"Livrar-se do lixo"

Aprendemos a obter a consciência do funcionamento e da estrutura do átomo, mas isso é apenas o primeiro passo. O que importa de verdade não é o que fazemos com esta informação?

Cabe a nós a compreensão da vida e não a sua montagem. Navegar na direção do rio, pois temos nas mãos apenas o leme que direciona para a direita e para a esquerda; o sentido é só um, para a frente. Tente voltar e será destroçado pela força das águas.

Mesmo porque, se a vida se "auto-organiza", por que tentamos nós montar este quebra-cabeças gigante? Será que se alterar a posição de apenas uma das peças as outras se encaixarão? Certamente não.

Eu prefiro seguir neste sentido... da vida simples, na qual não precisamos de toda aquela parafernália de explicações e cálculos que nos mostram que hoje estamos nesta ou naquela direção e que amanhã mudaremos 30 graus a estibordo com vento sul ou 48 graus a bombordo contrariando a correnteza. Quero navegar com vento pela popa e vislumbrar o céu de brigadeiro a que tenho direito.

A Natureza nos ensina, é só ouvir e prestar atenção.

O filme é ótimo, vale uma releitura.

Nunes